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Software cruza informações meteorológicas e avisa central de monitoramento sobre chance de novo foco de incêndio na plantação. Objetivo é agilizar combate às chamas.
Uma usina de cana-de-açúcar de Serrana (SP) decidiu investir em um sistema informatizado para prever o início de incêndios em canaviais e agir mais rápido em campo. O objetivo é minimizar os impactos na cadeia de produção nos 55 mil hectares de área cultivada.
O programa, que funciona por satélite, combina informações como temperatura, umidade relativa do ar e a quantidade de dias que não chove na região. Com isso, a tecnologia informa à empresa a chance de surgir um foco de incêndio em cada área da plantação.
Pelo sistema, também é possível ver focos de incêndio que acabaram de surgir. Quando isso acontece, os funcionários da central de monitoramento avisam imediatamente a equipe de campo, que se desloca até o local para apagar o fogo.
"Como a gente tem uma equipe grande de campo que faz esse combate, conseguimos chegar rápido. É mais fácil a gente combater o incêndio quando está começando. É mais eficiente", afirma André Geraldo, gerente da usina.
A iniciativa de comprar o sistema surgiu com a alta das queimadas e a estiagem. Até quarta-feira (12), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 419 focos de incêndio no estado de São Paulo. Os números devem superar o total registrado em 2019, quando houve 1.794 focos reportados.
"Para cadeia produtiva da cana, está sendo uma perda muito grande. A gente teve algumas queimadas que sofreram mais por chegar um pouco depois no local. Então o software ajuda nisso", explica o gerente.
Crime
A promotora de Justiça do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, Cláudia Habib, diz que, apesar de as condições climáticas facilitarem o surgimento do incêndio, grande parte dos focos estão relacionados à ação humana. Ela alerta que a prática é criminosa e pode levar à prisão.
“As pessoas precisam ter a consciência de que estão causando um dano não só ao meio-ambiente como à saúde pública. Isso pode configurar um crime ambiental, a pessoa vai ser sujeita a uma multa administrativa e também a procedimento civil pelo Ministério Público para recomposição do ano”, diz.
Fonte: EPTV 2/ Foto: Aurélio Sal – EPTV.
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